

Quando agitamos uma corda de certa maneira produzimos uma onda que a percorre.


Enquanto na corda do violão se produz uma onda transversal, no ar ela se torna longitudinal podendo ser comparada a um trem de ar comprimido.


O som e a afinação já foram objeto de estudo do matemático e filósofo grego Pitágoras de Samos (570 - 497 a.C) há mais de 2500 anos. Pitágoras fazia experiências com cordas, flautas, mqrtelos e sinos.

Diz certa tradição que Pitágoras demonstrou a relação entre a altura da nota e o peso pendurado na corda que o produz. Também demonstrou a relação entre a altura da nota e o comprimento da corda. Para isso teria usado o monocórdio.

Diz certa tradição que Pitágoras demonstrou a relação entre a altura da nota e o peso pendurado na corda que o produz. Também demonstrou a relação entre a altura da nota e o comprimento da corda. Para isso teria usado o monocórdio.
Além disto estabeleceu relações matemáticas entre os intervalos melódicos da oitava, da quinta e da quarta e os respectivos comprimentos das cordas. Assim a proporção 1:2 produz o intervalo de oitava, ou seja, se dividimos uma corda exatamente no meio e deixamos vibrar esta metade produzimos um intervalo de oitava. A proporção 2:3 produz o intervalo de quinta. Se por exemplo deixamos vibrar 2/3 da corda mi obtemos a nota si. A proporção 3:4 produz o intervalo de quarta. Se por exemplo deixamos vibrar 3/4 da corda mi obtemos a nota lá, que é a quinta corda. Assim fica fácil explicar a afinação do violão.

A 6ª corda é a mais espessa e fica mais em cima. Ela produz o tom mi (e)
Se deixarmos vibrar apenas 3/4 da 6ª corda (mi = e) pressionando-a com um dedo antes do quinto traste, obtemos a nota lá, que é o som da 5ª corda. Temos que fazer com que o som da 5ª corda (lá = a) tenha a mesma altura de 3/4 da 6ª corda.
Afinada a 5ª corda (lá=a) e deixando vibrar 3/4 desta corda pressionando a com um dedo antes do quinto traste, obtemos a nota ré, que é o som da 4ª corda. Temos que fazer com que a altura do som da 4ª corda (ré = d) fique igual à de 3/4 da 5ª corda afinada anteriormente.
Afinada a 4ª corda (ré = d) e deixando vibrar 3/4 desta corda pressionando a com um dedo antes do quinto traste, obtemos a nota sol, que é o som da 3ª corda. Temos que fazer com que a altura do som da 3ª corda (sol = g) fique igual à de 3/4 da 4ª corda afinada anteriormente.
Afinada a 3ª corda (sol) e deixando vibrar 4/5 (atenção!!!) desta corda pressionando a com um dedo antes do quarto (atenção) traste, obtemos a nota si, que é o som da 2ª corda. Temos que fazer com que a altura do som da 2ª corda fique igual à de 4/5 da 3ª corda.
Para conferir, podemos também pressionar a 6ª corda (mi) com um dedo antes do 7º (ou 19º) traste obtendo a nota si da 2ª corda, que deverão ter a mesma altura.








Para conferir podemos fazer vibrar 1/4 da 6ª corda ao encostar levemente um dedo na região da boca do violão produzindo assim um som harmônico que deverá ser igual aoda 1ª corda.
Por fim uma homenagem a Pitágoras através de um recorte de um quadro de Rafaello Sanzio "Escola de Atenas" pintado em 1509


Pronto, aí estão as 6 notas do violão bem afinadas.

Como o som é um movimento oscilatório de partículas, suas propriedades podem ser melhor visualizadas observando-se o balanço de um pêndulo.
O tempo necessário para que um pêndulo vá e volte ao lugar inicial depende do comprimento da corda (l) e da força exercida sobre ele, no caso, a força da gravidade (g).
É preciso muito mais corda do que a gente imagina para fazer o pêndulo gastar mais tempo
É porque enquanto crescimento do tempo é linear, o crescimento do comprimento é exponencial.
Por fim uma homenagem a Pitágoras através de um recorte de um quadro de Rafaello Sanzio "Escola de Atenas" pintado em 1509


Pronto, aí estão as 6 notas do violão bem afinadas.



É preciso muito mais corda do que a gente imagina para fazer o pêndulo gastar mais tempo

Isto também explica por que o arranjo dos trastes do braço do violão têm um aspecto logarítmico. Os trastes vão ficando cada vez mais separados quanto mais grave for a nota.

muito bom. pitágoras era realmente foda.
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