Só para recordar: quando toco uma corda do violão crio nesta corda uma onda estacionária. Não é uma onda senoidal simples, mas é feita de várias componentes que configuram os vários timbres característicos do som do violão e que sempre me deixam encantado. Vários compositores aproveitam este efeito em suas composições como por exemplo Villa-Lobos em seu Prelúdio IV.
Há uma lustração animada de superposição de harmônicos no site http://id.mind.net/~zona/mstm/physics/waves/standingWaves/standingWaves1/StandingWaves1.html. É muito interessante porque permite escolher quais harmônicos quero ver superpostos e em que velocidade de animação. Há no entanto um deslocamento gráfico entre a corda real do instrumento e o gráfico animado.
Mas além deste efeito mágico e encantador há também aproveitamentos práticos que é possível empregar na afinação do instrumento. Sabendo, por exemplo que posso produzir uma terça maior como harmônico de qualquer corda, ao encostar suavemente o dedo na terceira corda (sol = g) sobre a região do 4º ou do 9º traste e produzir assim a nota si (=b), obtenho a mesma nota quando fizer a mesma coisa na região do 5º traste da 2ª corda (si = b).
Veja na tabela seguinte dados bem precisos


Só para localizar, segue uma tabela com a maioria das notas tocadas normalmente no violão, classificadas horizontalmente por casa e verticalmente por altura.

solta


Acima, a mesma tabela na ordem em que as cordas realmente estão posicionadas no violão: a 6ª corda, mais grave, na região superior.
Abaixo, as notas naturais e com sustenido, um pouco maior, para quem gosta de ver as coisas várias vezes, e com clareza.

Abaixo ressaltei o 4º harmônico (terça maior) que obtenho nas casas 4, 9, 16 e 28(imaginário). Situo o dedo ligeiramente à esquerda do traste. Já o 2º harmônico (quinta justa) obtenho em cada corda sobre o traste 7 e também sobre o traste19.

A seguir ressaltei o 1º harmônico (oitava) que obtenho sobre o 12º traste

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